domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dia 3 - Calor e Lombadas

Acordamos cedo, pegamos aquele café da manhã e fomos fazer os tramites de aduana em Iñapari. Lá, foi a minha vez de ser zoado. O agente da aduana, muito fechado e sério, começou a fazer os trâmites, normalmente. Em um dado momento, ele me chamou a atenção a um detalhe do formulário, me chamando de "gordito". Pronto. Aí virou esculhambação. Entrei na brincadeira. As coisas andaram mais rapidamente e com outro astral. Esse agente ficou mais à vontade e nos deu muitas informações sobre cuidado na estrada e recomendações. Acho q a coisa é por aí mesmo: com bom humor e boa vontadade, tudo funciona melhor. E até agora estou sendo chamado de "gorditôôôôôôôô". Finalizamos o processo e a 10 metros da aduana a policia peruana nos parou para checar o q tinhamos acabado de fazer. Ainda caí na besteira de discutir com o policial, mas tudo correu bem.




Já em Iñapari, que fica a menos de 500 metros da entrada de Assis Brasil, podemos ver a diferença de cultura. Vimos muitos Motocar, uma moto coberta por uma estrutura de lona e metal, de fabricação ou chinesa ou indiana. Os "postos de gasolina" são improvisados em casas de madeira.







Dica importante: trocamos o real por 1.71 soles. O câmbio é muito melhor na fronteira.

Mais estrada!! De Iñapari a Porto Maldonado faz um calor infernal, passamos por vários vilarejos e em cada um tem várias lombadas. Acho q tem mais de 100!! Parei de contar no 45o e nem estávamos no meio do caminho!! Almoçamos em Porto Maldonado (adivinhem: Padaria!!) e rumamos adiante.



Fomos dormir em Mazuco, cidade próxima ao início da subida aos Andes. No hotel conhecemos o Sebastião, que viajava solo em sua Comet. O Souza e o Jarley aproveitaram para acessar a internet. Eu e o Hermano conseguimos uma garrafa pequena de Pisco Vargas para saborear.



praca de alimentação de mazuco

hostel de mazuco

ele falou, vou comprar so um saquinho!

bode/cebolito/sebastiao, nos acompanhou ate cusco

saindo de mazuco.

Dia 2 - Rio Branco



Saímos tarde de novo. O paulo e o Joelmir nos encontraram no hotel, conversamos bastante e saimos por volta das 10:00. Os 2 nos escoltaram até próximo à saida da cidade. Houve um pequeno acidente com a BMW do Paulo, mas nada de grave...só de caro. Acho q o prejú vai ficar em torno de 3 mil, por conta de um farol original quebrado. A máquina é ótima, mas tem seu preço.




farol de milha esquerdo quebrado


Enfim...estrada de novo!! E mais fotos, e vídeos e paisagens bonitas. Aqui, já estávamos em alerta com os animais q atravessam a estrada...Vimos vários animais atropelados (cobra, porco-espinho, tatu...).






Almoçamos em Brasiléia. Como lá é a tríplica fronteira, aproveitamos para nos aventurar um pouco em terreno Boliviano. Atravessamos a ponte de integração (só passa um carro por vez) e adentramos Gobija, vimos a rua da zona franca, tiramos fotos na praça principal e fomos interpelados pela polícia. Eles quiseram ver as nossas fotos, com pretexto de que assaltantes estavam tirando fotos pela cidade com intuito de roubar bancos. Vai entender...










No inicio da noite, chegamos à fronteira do Brasil-Peru. Fizemos a saída do Brasil, demos uma volta por Iñapari, tomamos a primeira Cusqueña da viagem e fomos nos hospedar em Assis Brasil. Ambas as cidades fronteiriças não tem muita estrutura. Ficamos na melhor hospedagem de Assis Brasil, a pousada Renascer. Colocamos nosso adesivo por lá. Jantamos na praça principal e conhecemos o Jifone, proprietário de um dos restaurantes.

Será q eu falo do Deus Grego? vou falar...Estávamos chegando em Assis Brasil, uma bichinha caquética viu o Souza, q estava com o capacete levantado, e exclamou: "M-e-u D-e-u-s!!! De onde veio esse deus grego?"...Até agora estamos zoando o Souza por conta desse galanteio atravessado.

Dia 1 - Porto Velho: Papaleguas & 100% Amazonia




Chegamos a PV por volta das 2:30 da manha de sábado. O papaleguas já nos esperava, juntamente com o Digital, Lampião (ambos os 3 do MC 100% Amazonia), Werner (MC Nostravamos, de SP), Jarley (que havia embarcado horas atras) e o Hermano, que veio de diretamente de SP. De lá, deixamos as bagagens na Toca da Arara, fomos buscar as nossas motos e conhecer um pouco de PV.

Temos muito a agradecer ao amigo Papaleguas. Ele recepcionou as nossas motos, as guardou com todo o cuidado e ainda nos acolheu em sua casa. A Toca da Arara é um espaço que ele reservou em sua casa para os viajantes em transito. Essa generosidade toda é muito dificil de se ver. Valeu, irmão!!

Fomos a um aniversário na sede do MC Abutres. Lá conhecemos o presidente regional,o Dandan, que nos recebeu com muita cortesia e amizade. Além disso, o carro que nos buscou no aeroporto é de sua companheira. Lá, entre muitas "skóis" geladíssimas, conhecemos o Camaleão, playmobil e o resto dos abutres. Ótima festa!!




Depois, mais voltas pela cidade. Quando o dia estava amanhecendo, paramos num restaurante-lanchonete para comer alguma coisa. Entre sopas e sanduiches, o Werner escolheu uma "sopa de pinto". Na dúvida, fiquei de longe.


Lá pelas 6 da manha fomos dormir um pouco, mas foi em vão. Levantamos por volta das 10 e nos arrumamos e as motos. Instala bolha, pendura alforge, coloca óleo na corrente, etc. Depois, café da manhã em uma padaria muito boa, como não poderia deixar de ser. O Papaleguas e o Digital nos acompanharam até a saída da cidade por volta de meio dia.













De lá até Rio Branco são aproximados 500 km de muita estrada boa e paisagens bonitas. Fizemos muitas paradas para fotos e videos. Chegamos à capital do Acre por volta das 20:00. Entramos em contato com o Paulo Navarro (conselheiro Brazil Rider e integrante dos Bodes do Asfalto). Eu e o Souza fomos a seu encontro enquanto Hermano e Jarley encontravam um hotel para nos abrigar. Para nossa surpresa, o amigo Joelmir (MC BR-356) estava hospedado na casa do Paulo e nos deu algumas informações sobre a estrada. O Lucas, filho do Paulo, tbm nos prestigiou. Algumas fotos de praxe e voltamos fomos para o hotel. Os caras acharam um dos melhores hoteis de Rio Branco. Foi caro, mas dormimos bem. Saimos para jantar e depois, repouso. Rio Branco é uma cidade de costumes simples, muito bonita e limpa. Gostei do visual.